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SEI estima que novas tarifas americanas podem gerar perdas de até R$ 1,8 bilhão para a economia baiana

SEI estima que novas tarifas americanas podem gerar perdas de até R$ 1,8 bilhão para a economia baiana
Foto - Jean Vagner / SEI

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou, nesta segunda-feira (14), nota técnica com análise sobre os possíveis impactos para a economia baiana com a nova tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos. Anunciada por Donald Trump com vigência a partir de 1º de agosto de 2025, a medida, se confirmada, representará um desafio significativo. A equipe de economistas da SEI sinaliza que a imposição de uma tarifa dessa ordem tornará as exportações baianas significativamente menos competitivas no mercado norte-americano, levando a uma redução no volume exportado e, consequentemente, na produção e na geração de emprego e renda. No estudo, foi utilizada a técnica de multiplicadores de insumo-produto, a qual mede o impacto econômico total (direto, indireto e induzido) de uma mudança na demanda final de um setor sobre a economia como um todo. A metodologia estima uma queda de U$ 643,5 milhões (redução de 5,4%) no volume total de exportações da Bahia – o total exportado em 2024 foi U$ 11,9 bilhões. Considerando não haver compensação com outros mercados internacionais, uma queda desta magnitude impactaria a cadeia dos setores exportadores, tendo como resultado a redução no Produto Interno Bruto (PIB) do estado da ordem de R$ 1,8 bilhão (-0,38% do PIB baiano). “A decisão do governo norte-americano, justificada por uma suposta relação comercial injusta, ocorre em um momento em que o Brasil registrava recordes de exportações para os Estados Unidos, tornando o impacto ainda mais relevante”, comenta o diretor de Indicadores e Estatística da SEI, Armando Castro. “A Bahia possui uma pauta comercial diversificada com os Estados Unidos, que figura como um dos principais destinos de suas exportações, atingindo 8,3% do total comercializado internacionalmente pelo estado no primeiro semestre de 2025”.


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