Guanambi: MEC apura fraude em seleção de entidade particular para curso de Medicina

Guanambi: MEC apura fraude em seleção de entidade particular para curso de Medicina
Foto: Wilker Porto | Brumado Agora

Será apurada pelo Ministério da Educação (MEC) a suspeita de fraude na seleção de uma instituição privada de Guanambi para oferecer curso de Medicina na Bahia, por meio do Programa Mais Médicos, durante o governo de Dilma Rousseff. De acordo com informações do Estadão Conteúdo, a abertura da sindicância foi de iniciativa do ministro Mendonça Filho, após o jornal O Estado de S. Paulo questionar a pasta sobre possível troca de pareceres na concorrência para Guanambi. A substituição, denunciada à reportagem por uma fonte que trabalha no MEC, teria alterado a classificação das participantes, beneficiando uma entidade do ex-ministro do Turismo Walfrido Mares Guia. A estimativa é de que, em pleno funcionamento, um curso deste renda ao menos R$ 26 milhões/ano. Na época, a classificação final, que envolveu a análise das condições apresentadas pelas instituições em três etapas, foi divulgada pelo MEC em 10 de julho de 2015. Naquela data, foi anunciada como primeira colocada para montar o curso em Guanambi a Sociedade Padrão de Educação Superior, mantenedora das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros (FIPMoc), com sede na cidade do Norte de Minas. A entidade tem como um dos sócios a Samos Participações, de Walfrido. O resultado oficialmente anunciado mostrou que o Centro de Educação Superior de Guanambi - entidade controlada por empresários baianos, mantenedora da Faculdade de Guanambi - havia sido desclassificado por não cumprir critérios de capacidade econômico-financeira e de regularidade jurídica e fiscal. A avaliação consta de parecer da Coordenadoria-Geral de Processos de Chamamento Público, órgão integrante da Diretoria de Regulação da Educação Superior do MEC. Contudo, explicou o informante, naquela data o parecer que embasava essa classificação foi substituído pelo que sustentou o resultado divulgado pelo MEC. Oficialmente, acrescentou, só esse documento foi incluído no sistema eletrônico do ministério. A fonte não indicou quem teria sido o responsável pela suposta troca. 


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