

A campanha de vacinação contra a influenza já começou a ganhar forma na Bahia. O estado recebeu, no último sábado (22), a primeira remessa enviada pelo Ministério da Saúde, com 428 mil doses da vacina. A distribuição para os municípios será iniciada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) na nesta segunda-feira (24), com foco no abastecimento das redes municipais de saúde para o início da campanha, previsto para 7 de abril. Neste ano, a imunização contra a gripe será ampliada: além das campanhas sazonais, a vacina passa a integrar o Calendário Nacional de Vacinação, o que significa proteção garantida durante todo o ano para o público-alvo. Na Bahia, esse grupo é formado por cerca de 6,3 milhões de pessoas. Devem se vacinar crianças de 6 meses a menores de 6 anos; idosos com 60 anos ou mais; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde e da educação; indígenas, povos tradicionais e pessoas em situação de rua; pessoas com comorbidades ou deficiência permanente; caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo; profissionais das forças de segurança, forças armadas e sistema prisional; além da população privada de liberdade e jovens em medidas socioeducativas.
Adesão dos municípios ao novo ciclo do Programa Saúde na Escola pode ser feita até sexta (21)
19 Mar 2025 // 09:00 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
Termina nesta sexta-feira (21), o prazo para os municípios baianos aderirem o novo ciclo do Programa Saúde na Escola (PSE) 2025/2026. Com foco na promoção da saúde e na prevenção de doenças, o programa busca fortalecer a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes, jovens e adultos no ambiente escolar e terá como temáticas prioritárias a prevenção da violência e promoção da cultura da paz; verificação da situação vacinal; saúde sexual e reprodutiva; e alimentação saudável e saúde mental. Para aderir ao programa, é necessário acessar o portal e-Gestor Atenção Primária à Saúde (https://egestoraps.saude.gov.br/). “A nossa meta é alcançarmos 100% dos municípios, como ocorreu nos ciclos anteriores, considerando a importância do programa para a formação cidadã e, principalmente, a formação integral dos nossos estudantes, sendo fundamental o apoio dos municípios no momento da pactuação e a inclusão de unidades escolares da rede estadual no processo, para efetivar uma ação que ajude na formação integrada dos sujeitos”, destaca o diretor de Execução das Políticas para a Educação Básica da SEC, Fabio Barbosa. No ciclo anterior, a Bahia garantiu 100% de adesão dos municípios, contemplando 541 escolas estaduais e 365.742 estudantes. A expectativa para esta nova edição é manter essa cobertura e ampliar o alcance das ações, beneficiando ainda mais escolas e comunidades. Para isso, os gestores municipais de Educação e Saúde devem indicar as unidades escolares participantes, priorizando aquelas com maior vulnerabilidade socioeconômica.
Brasil registra queda de quase 70% nos casos de dengue nos 2 primeiros meses de 2025
10 Mar 2025 // 12:00 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
Nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil registrou uma redução de 69,25% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024. O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025. A queda nos números demonstra a efetividade das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, mas reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de redução. De acordo com o painel de monitoramento da pasta, nos primeiros meses deste ano, foram contabilizados 493 mil casos prováveis da doença, 217 óbitos confirmados e 477 mortes em investigação. No mesmo período de 2024, o país havia registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos confirmados e 85 em análise. REGIÕES — A região Sudeste concentra a maior parte dos casos, com 1 milhão de registros em janeiro e fevereiro de 2024 contra 360 mil este ano. O estado de São Paulo lidera os números atuais, com 285 mil casos prováveis, representando mais da metade do total do país. E contabiliza também 168 das 217 mortes confirmadas este ano.
Hemoba registra queda de 70% nas doações de sangue no Carnaval, em comparação ao mesmo período de 2024
05 Mar 2025 // 18:00 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
Apesar dos horários especiais de coleta de sangue durante o Carnaval 2025 em Salvador e no interior do estado, a Fundação Hemoba registrou uma queda de 70% nas doações nos três primeiros dias da folia, em comparação com o mesmo período de 2024. Este ano, 372 voluntários se candidataram para doação e 268 bolsas de sangue foram coletadas, enquanto no ano anterior foram 1.162 os candidatos e 890 as bolsas coletadas. Este ano, porém, foram registradas duas doações de plaquetas, enquanto no mesmo período de 2024 não houve nenhuma. Nos três primeiros dias do Carnaval 2025 ocorreram ainda 13 cadastros de doação de medula óssea, contra 15 do mesmo período do ano anterior.

Há cinco anos, em 26 de fevereiro de 2020, foi confirmado o primeiro caso de covid-19 no Brasil: um homem de 61 anos, que havia viajado para a Itália e estava em atendimento desde o dia 24 no Hospital Israelita Albert Einstein. Ele sobreviveu. Em São Paulo, a equipe do Einstein já estava se preparando há alguns dias, assim como as equipes de outros grandes hospitais do país. Àquela altura dos acontecimentos no Brasil, todos os serviços de saúde e toda a sociedade já estavam esperando o primeiro caso aparecer. Qualquer paciente que chegava ao serviço de emergência com sintomas de síndrome gripal era automaticamente colocado sob suspeita de covid-19. No caso do primeiro paciente com sintomas da doença, especificamente por ter vindo de uma região que, naquele momento, estava em franca epidemia, que era o norte da Itália, a suspeita foi muito forte. "Por isso, os clínicos que o atenderam no pronto-socorro suspeitaram da síndrome e foi solicitado o PCR para a identificação específica do vírus SARS/Cov-2, que à época só nosso laboratório era capaz de fazer”, conta Cristóvão Mangueira, diretor-médico do Laboratório Clínico do Einstein.
Bahia moderniza a saúde pública com novo código de vigilância
25 Fev 2025 // 19:00 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
O governador Jerônimo Rodrigues, sancionou, nesta segunda-feira (24), o novo Código de Vigilância em Saúde do Estado da Bahia, substituindo a antiga legislação publicada no ano de 1981, anterior à Constituição Federal e à criação do Sistema Único de Saúde (SUS). O novo Código fortalece a prevenção, o controle de doenças e a proteção da população. Além de aprimorar a resposta às emergências em saúde pública, com base nas lições aprendidas durante a pandemia de Covid-19. Jerônimo reitera que o código traz inovações em tecnologia, na formatação, no regime de colaboração entre os poderes e que o antigo documento já estava aquém das necessidades atuais. “Talvez o mais importante desse novo código seja dar à equipe de vigilância em saúde a capacidade de polícia, um termo expressivo, mas um exemplo é de quando alguém tem uma casa com água parada, fomentando ou estimulando a criação de mosquito da dengue, a vigilância tem esse novo código regulamentado. Vai ter condições de adentrar a casa, para que aquele ambiente não contamine ou não amplifique a capacidade de expansão da doença”, explicou o governador. A medida também moderniza a gestão sanitária, assegura segurança jurídica e amplia o alcance das ações de vigilância em saúde. Com a nova legislação, sete áreas passam a integrar a estrutura de vigilância: Vigilância Epidemiológica, Sanitária, Ambiental, Saúde do Trabalhador, Óbitos, Laboratorial e Emergências em Saúde Pública. Todas agora têm poder de polícia administrativa, algo anteriormente restrito à Vigilância Sanitária. Com cerca de 30% do PIB baiano influenciado por setores sujeitos à vigilância sanitária, outra inovação é a possibilidade de estender a validade do alvará sanitário para até três anos, antes era de apenas um ano.

No Brasil há pelo menos 7 milhões de adolescentes entre 15 a 19 anos que não estão vacinados contra o HPV, apesar de já terem saído da faixa etária adequada para receber o imunizante, que é de 9 a 14 anos. Por isso, o Ministério da Saúde vai realizar ao longo deste ano uma campanha de resgate, para identificar e vacinar esses adolescentes. O HPV é o vírus responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres brasileiras. Ele também pode causar câncer no ânus, pênis, vagina e garganta. A vacina disponível atualmente no Sistema Único de Saúde protege contra os quatro subtipos que mais provocam câncer e também verrugas e feridas nos órgãos genitais. A vacina tem maior eficácia se for aplicada antes do início da vida sexual, porque isso diminui muito as chances de uma infecção prévia, já que a via sexual é a principal forma de transmissão do HPV. Por isso, a faixa etária da vacinação de rotina vai de 9 a 14 anos. A consultora médica da Fundação do Câncer Flavia Correa ressalta que é fundamental resgatar quem não foi vacinado, para que o Brasil avance rumo à meta de eliminar o câncer de colo do útero. Segundo ela, quando o país começou a vacinação contra o HPV, em 2014, houve uma cobertura excelente na primeira dose, chegando a quase 100%. Já na segunda dose, teve uma queda muito grande, porque houve muito terrorismo contra a vacina. “Depois disso, a gente teve a pandemia de covid-19, quando despencou a cobertura de todas as vacinas e agora a gente está num momento de recuperar essas coberturas vacinais. E a vacina protege contra quatro tipos de vírus. Então, mesmo que a pessoa tenha tido contato com um desses tipos, pode não ter tido contato com os outros. Então, ainda existe um benefício", explica a médica.

Ação Axé que Salva Vidas incentiva a doação de sangue para o Carnaval
22 Fev 2025 // 09:40 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
A Hemoba também participa das comemorações dos 40 anos do axé music, que se tornou um dos maiores símbolos culturais da Bahia, com a ação Axé que Salva Vidas, que busca reforçar o estoque de sangue para o período do carnaval e mobilizar os doadores antes da folia. Serão publicados nas redes sociais da Fundação vários vídeos convidando a população baiana a doar sangue com a participação de vários artistas que fazem parte da história do axé music, como Tonho Matéria, Carla Visi, Beto Jamaica, Marinez, Durval Lelys, Jorge Zárath, Lazzo, Sarajane e Tuca Fernandes. No período pré-carnaval, há uma queda nas doações de sangue devido às férias, viagens e festividades, enquanto a demanda por hemocomponentes nas unidades hospitalares do estado permanece elevada. Com a celebração dos 40 anos da axé music neste carnaval, a Hemoba e os artistas desejam mostrar que o ritmo que movimenta multidões também pode mobilizar para a solidariedade com o objetivo de salvar vidas.
Bahia registra queda de 78% nos casos de Covid-19 em 2025
18 Fev 2025 // 16:00 Por - Wilker Porto / Agora Sudoeste
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que o estado registra uma redução significativa nos casos por Covid-19, resultado das estratégias de vacinação e do fortalecimento da rede assistencial. Apesar das preocupações levantadas sobre a segurança sanitária durante o Carnaval, os dados mais recentes mostram um cenário controlado, mas que exige atenção contínua para evitar novos aumentos. De acordo com o boletim epidemiológico atualizado em 17 de fevereiro de 2025, foram registrados 1.826 casos confirmados de Covid-19 neste ano, representando uma queda de 78% em relação ao mesmo período de 2024, quando o estado contabilizou 8.353 casos. O número de óbitos também apresentou uma redução expressiva, passando de 57 no mesmo período do ano passado para 12 mortes em 2025, o que representa uma diminuição de 79%. Embora o cenário atual seja de queda expressiva, a Sesab reforça que o monitoramento ativo e a ampliação da cobertura vacinal são essenciais para manter o controle da doença. Mais de 95% da população baiana com 12 anos ou mais já completou o esquema primário de vacinação contra a Covid-19, enquanto a imunização de rotina segue disponível para crianças de 6 meses a menores de 5 anos. A Sesab orienta ainda que a imunização continua sendo a principal ferramenta para evitar o aumento de casos e hospitalizações, reforçando a necessidade de que todos mantenham o esquema vacinal atualizado e adotem medidas preventivas, como a higienização frequente das mãos. Mesmo com a redução expressiva nos casos, a vigilância permanece ativa para garantir que os avanços conquistados sejam preservados, especialmente durante o período de Carnaval, quando o fluxo de pessoas e aglomerações aumentam significativamente.
Governo fará mutirão nacional para redução das filas de cirurgias em março
18 Fev 2025 // 07:30 Por Wilker Porto | Agora Sudoeste
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou um mutirão nacional para a redução das filas de cirurgias para o próximo mês. A iniciativa busca reduzir o tempo de espera e garantir mais acesso aos serviços de saúde em todos os estados. “Em 2024, foram 14 milhões de cirurgias eletivas, maior número da história do SUS. Ainda há muito a fazer. A partir de março, realizaremos o Mutirão Nacional para Redução das Filas”, declarou a ministra em rede social. O Programa Nacional para a Redução de Filas de Cirurgias foi lançado em 2023 e estendido ao Programa Mais Acesso a Especialistas (Pmae) neste ano, para acelerar ainda mais o atendimento à população. Como funciona? O novo componente do Pmae depende da adesão dos gestores de estados e municípios, que devem enviar suas respectivas programações de cirurgias a serem realizadas, acompanhadas de resolução aprovada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de cada estado. Todas as programações serão analisadas pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), que fará ou não a aprovação, considerando os critérios formais previstos na portaria, além de aspectos técnicos em relação à demanda apresentada e previsão de realização de procedimentos.


O Boletim InfoGripe da Fiocruz alerta para a tendência de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes, especialmente entre 5 e 14 anos, com a volta às aulas. Pesquisadora do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella destaca que esse cenário tem sido registrado principalmente no estado de Goiás e no Distrito Federal. O retorno ao ano letivo, quando as crianças passam mais tempo em ambientes fechados, em maior contato e com menor circulação de ar, favorece a transmissão dos vírus respiratórios. Diante desse quadro, a especialista recomenda que, caso a criança ou o adolescente apresente algum sintoma de síndrome gripal, evite ir para a escola. “A orientação é ficar em casa, em isolamento, recuperando-se da infecção, para evitar transmitir o vírus para outras crianças dentro da escola e, assim, quebrar a cadeia de transmissão desses vírus respiratórios. Se não for possível manter a criança dentro de casa em isolamento, a recomendação é que, caso ela já tenha idade adequada, vá para a escola usando uma boa máscara, especialmente dentro da sala de aula”, disse Tatiana. A pesquisadora chamou atenção ainda para a covid-19, que tem afetado principalmente a população mais idosa, mas também impacta as crianças pequenas e outros grupos de risco. “A gente pede que essas pessoas estejam em dia com a vacinação contra o vírus para evitar desenvolver as formas mais graves da doença. Além disso, é importante que essa população, principalmente as pessoas que residem em estados com aumento de casos de SRAG por covid-19, use máscaras em locais fechados e também dentro dos postos de saúde”, disse a pesquisadora.

Um novo estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mediu os impactos dos genéricos no preço dos medicamentos. Os resultados mostram que, quanto mais opções de um determinado medicamento são colocadas no mercado, mais barato fica o produto. A queda pode chegar a mais de 50%. Os genéricos podem ser produzidos a partir do momento em que o chamado "medicamento de referência" tem a patente quebrada, o que geralmente ocorre 20 anos após o lançamento, ou antes, em alguns casos específicos. Os produtos têm a mesma substância ativa, forma farmacêutica, dosagem e indicação farmacológica que o chamado medicamento de referência. Detalhes do estudo foram destacados no site do Ipea nesta segunda-feira (10), quando se completam 26 anos da Lei Federal 9.787/1999, que estabeleceu os medicamentos genéricos no Brasil. De acordo com os resultados, com a entrada do primeiro produto genérico no mercado, houve redução média de 20,8% nos preços mínimos. A partir do terceiro, a economia é de cerca de 55,2%.O estudo também resultou em um artigo do livro Tecnologias e Preços no Mercado de Medicamentos, lançado pelo Ipea em novembro do ano passado. A publicação digital está disponível gratuitamente aos interessados. O artigo, intitulado Efeitos da entrada de genéricos no mercado sobre o preço dos medicamentos, incluído como Capítulo 8, foi escrito pelo pesquisador Romero Cavalcanti Barreto da Rocha.

Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no país está bem abaixo do esperado. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, 6.370.966 doses foram distribuídas. A Rede Nacional de Dados em Saúde, entretanto, indica que apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo-alvo definido pela pasta. A faixa etária, de acordo com o ministério, concentra o maior número de hospitalizações por dengue depois de pessoas idosas, grupo para o qual o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, não foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O esquema vacinal utilizado pela pasta é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas. Em janeiro de 2024, 521 municípios foram inicialmente selecionados para iniciar a imunização contra a dengue na rede pública já em fevereiro. As cidades compunham 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença e atendiam a três critérios: municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e maior predominância do sorotipo 2. Atualmente, todas unidades federativas recebem doses contra a dengue. Os critérios de distribuição, definidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Foram selecionadas regiões de saúde com municípios de grande porte, alta transmissão nos últimos 10 anos e/ou altas taxas de infecção nos últimos meses.
Hemoba lança campanha com o cantor Saulo para mobilizar voluntários à doação de sangue
06 Fev 2025 // 10:09 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
Com a participação do cantor Saulo Fernandes, a Fundação Hemoba, juntamente com a Secretaria de Saúde (SESAB), lança nas redes sociais a Campanha “Solidariedade é a Raiz de Todo Bem” para mobilizar doadores neste período do ano. No verão, diminui o número de candidatos à doação por causa das férias, viagens e festas, enquanto há um aumento da demanda de hemocomponentes nas unidades hospitalares ocasionado, principalmente, pelo maior fluxo de turistas e do tráfego nas estradas, que cresce o risco de acidentes de trânsito. O tema da campanha faz referência à música 'Raiz de Todo Bem', interpretada por Saulo, que homenageia cidade de Salvador e a herança da cultura africana, celebrando elementos como a música, a dança, a religiosidade e a solidariedade, sentimento tão importante para a doação de sangue. O sangue doado é utilizado em diversos tratamentos, como de lesões graves, câncer, doença falciforme e diferentes tipos de cirurgias.

No Dia Mundial do Câncer, lembrado nesta terça-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, a cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com a doença em todo o planeta – e embarcam em uma verdadeira jornada para vencer a enfermidade. “Elas não conseguem ser bem sucedidas sozinhas. Em todo mundo, a OMS trabalha com parceiros para criar coalisões globais, catalisar ações locais e amplificar as vozes de pessoas afetadas pelo câncer”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Em seu perfil na rede sociais X, Tedros destacou que a OMS atua em diversas áreas, desde o fornecimento de medicações para tratamentos oncológicos pediátricos até campanhas globais para a eliminação do câncer cervical. “Estamos trabalhando para melhorar a vida de milhões de pessoas”. “No Dia Mundial do Câncer, honramos a coragem daqueles afetados pela doença, celebramos o progresso científico e reafirmamos nosso compromisso de promover saúde para todos”, concluiu o diretor-geral. Dentre as orientações publicadas pela OMS para reduzir o risco de câncer estão: - não fumar; - praticar atividade física regularmente; - comer frutas e verduras; - manter um peso corporal saudável; - limitar o consumo de álcool.
Brasil inicia tratamento inédito para pessoas com aids e resistência a antirretrovirais
04 Fev 2025 // 15:00 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
O Brasil iniciou um novo tratamento de adultos vivendo com aids com o antirretroviral fostensavir tromentamol 600mg, incorporado recentemente ao Sistema Único de Saúde (SUS) . O medicamento é indicado para pessoas com multirresistência aos antirretrovirais (ARV) já disponíveis no País e a primeira dispensação do medicamento ocorreu semana passada em Alagoas. De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, mesmo com um custo elevado – de aproximadamente R$12 mil por pessoa/mês – o tratamento foi incorporado para garantir uma melhor expectativa de vida para pessoas vivendo com HIV ou aids que desenvolveram resistência aos outros tipos de tratamento. “A saúde é um direito universal e todas as pessoas importam”, afirma. Para o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) , Draurio Barreira, a disponibilização do medicamento representa uma importante conquista, pois atende pacientes que têm alto risco de progressão da infecção e com risco de morte.
Cresce número de municípios com mais de 95% de cobertura vacinal na Bahia
30 Jan 2025 // 11:00 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
Nos últimos dois anos, o Brasil alcançou avanços significativos na cobertura vacinal da população. O Ministério da Saúde registrou um aumento expressivo no número de municípios que superaram a meta de 95% de imunização para as vacinas essenciais do calendário infantil. Um exemplo disso é a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A meta para a primeira dose foi alcançada em 3.870 municípios brasileiros em 2024, frente às 2.485 cidades de 2022, o que representa um crescimento de 55,7%. Na Bahia, o número de municípios que atingiram a cobertura vacinal superior à meta para esse imunizante subiu de 165, em 2022, para 311, em 2024. A alta também foi registrada na segunda dose da vacina, que passou de 26 para 201, ultrapassando a meta. O número de municípios que atingiram a meta para a Vacina Oral Poliomielite (VOP) na Bahia também registrou crescimento, subindo de 68 em 2022 para 222 em 2024. Esse avanço acompanha o cenário nacional, que registrou um aumento de quase 93%, passando de 1.466 cidades em 2022 para 2.825 em 2024. Em novembro, o Ministério da Saúde substituiu a VOP, conhecida como gotinha, por uma dose de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) que é injetável, para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro. A nova estratégia para uso do imunizante injetável é mais um passo para garantir que o Brasil se mantenha livre da poliomielite. O país está há 34 anos sem a doença, graças à vacinação em massa da população. Todos esses resultados refletem o esforço do Governo Federal para reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país. O Brasil vinha enfrentando graves quedas na cobertura vacinal desde 2016. Com o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, em 2023, o país reverteu essa tendência de queda. Em 2024, 15 das 16 vacinas recomendadas para o público infantil registraram aumento.

O painel de monitoramento do Ministério da Saúde contabiliza nesta segunda-feira (27) 21 mortes por dengue no país em 2025, dois terços das quais no estado de São Paulo, onde a secretaria estadual realiza campanha pela vacinação de públicos vulneráveis. A imunização tem tido baixa procura do público preferencial, composto por jovens de 10 a 14 anos. O acompanhamento mostra pouco mais de 139 mil casos prováveis de dengue registrados no país, sendo 82 mil em território paulista. São investigadas 160 mortes com suspeita de dengue, 114 em São Paulo. Monitoramento da Secretaria de Saúde do estado registra apenas 7 óbitos dentre 81.950 casos prováveis, enquanto 121 casos estão em investigação. O governo do estado registra ainda que 37 municípios estão em situação de Emergência em razão da epidemia, estando Jacareí e Mira Estrela, ambos no interior paulista, em Emergência desde janeiro de 2024.
Dengue: além da febre, confira outros impactos da doença no corpo humano
27 Jan 2025 // 17:00 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti , amplamente conhecida por causar febre alta. Pode apresentar um amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves. No entanto, seus efeitos no organismo vão além desse sintoma inicial, podendo afetar diversos sistemas do corpo humano. Sintomas iniciais e evolução da doença. Após um período de incubação que varia de 2 a 10 dias, os primeiros sintomas da dengue geralmente incluem: Febre alta (acima de 38,5°C); Dor de cabeça intensa; Dores musculares e articulares intensas; Mal-estar generalizado; Dor muscular/dor nas articulações; Náuseas e vômitos; Manchas vermelhas no corpo. Esses sintomas podem durar de 2 a 7 dias. Em muitos casos, após esse período, o paciente começa a se recuperar gradualmente. No entanto, é crucial estar atento aos sinais de alarme que podem indicar a progressão para uma forma mais grave da doença. Dengue com sinais de alarme: A dengue pode evoluir para formas mais severas, apresentando sinais de alarme como: Dor abdominal intensa e contínua; Vômitos persistentes; Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); Hipotensão postural (tontura ao levantar) e/ou desmaios; Letargia e/ou irritabilidade; Aumento do tamanho do fígado; Sangramento de mucosas; Aumento progressivo do hematócrito (concentração de células vermelhas no sangue).

O centro bioindustrial do Instituto Butantan, de São Paulo, anunciou hoje (22) que iniciou a produção dos imunizantes contra a dengue. Apesar da iniciativa, a população brasileira não será vacinada em massa contra a dengue neste ano. O problema é a fabricação da vacina Butantan-DV ganhar escala de produção para chegar a uma centena de milhões. “O Butantan está produzindo, mas não há previsão de uma vacinação em massa neste ano de 2025, isso é muito importante colocar, independente da Anvisa, porque é preciso ter escala nessa produção”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. A previsão do Butantan, divulgada em dezembro, é de fornecer um milhão de doses neste ano; e totalizar a entrega de 100 milhões de doses em 2027. A entrega das doses só poderá ocorrer após a liberação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que analisa no momento os documentos apresentados sobre os imunizantes. Posteriormente, a vacina deverá ser submetida à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para incorporação no programa de imunização. A Butantan-DV será uma vacina em dose única. Segundo a ministra, os estudos clínicos apontam “uma excelente eficácia”, mas enquanto não está disponível na escala desejada é necessário reiterar e manter os cuidados orientados pelo Ministério da Saúde contra o mosquito Aedes aegypti.

A rede de monitoramento para arboviroses do Ministério da Saúde investiga 62 mortes com a dengue como causa possível em 2025, ante quatro que já foram confirmados, com registro de sintomas iniciais neste ano, no qual já há mais de 55 mil casos possíveis da doença. O estado de São Paulo tem o maior número de casos, 29.447, segundo a plataforma Painel de Monitoramento, da pasta. Entre os pacientes paulistas, foi confirmada uma morte no município de Guaíra, e 51 óbitos ainda estão em investigação. O óbito em Guaíra ocorreu na última terça-feira (14) e foi confirmado ontem pela prefeitura, que divulgou nota informando que intensificará as medidas de prevenção no município, que reforçou a importância da participação da população para frear a doença. "De acordo com a Prefeitura, diretorias e departamentos foram mobilizados para ampliar as ações de prevenção. "Estamos realizando visitas domiciliares, inspeções casa a casa e [passando] orientações diretas aos moradores", informou o diretor de Saúde, Cervantes da Silva Garcia. Ele também destacou a importância da vacina contra a dengue, disponível em todos os postos de saúde para jovens entre 10 e 14 anos, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. "Vale lembrar que a vacina não substitui as medidas de prevenção, pois o mosquito também é vetor de outras doenças, como zika e chikungunya", afirmou. O município de Guaíra tem cerca de 40 mil habitantes e está localizado no norte do estado, próximo da divisa com Minas Gerais e de cidades grandes da região, como Ribeirão Preto e Barretos. A prefeitura informou que há registro de 494 casos notificados, dos quais 183 negativos, 104 positivos e 207 suspeitos. Há duas pessoas internadas na UTI (unidade de terapia intensiva) da Santa Casa de Misericórdia local.
Anvisa divulga novas imagens de advertência para embalagens de cigarro
15 Jan 2025 // 16:30 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
A Anvisa publicou em 1º de novembro de 2024, Instrução Normativa nº 332/2024 que estabelece as advertências sanitárias e mensagens a serem utilizadas nas embalagens de produtos fumígenos derivado do tabaco. As imagens e mensagens presentes na Instrução Normativa já podem ser utilizadas à critério do fabricante, no entanto seu uso será obrigatório a partir de 1° de novembro de 2025. Com a finalidade de orientar os fabricantes quanto à correta aplicação dos novos conjuntos gráficos, a Anvisa disponibilizou um manual contendo orientações para que os fabricantes possam fazer a inserção dos conjuntos gráficos corretamente. As orientações podem ser acessadas em Instrução Normativa - IN nº 332/2024 — Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou o registro do primeiro caso de febre amarela em humano este ano. Trata-se de um homem de 27 anos, morador da capital paulista. Ele esteve em Socorro, na região de Campinas, onde também houve notificação recente de um caso de febre amarela em macaco. O estado registrou dois casos da doença em humanos em 2024 - sendo um autóctone (com origem dentro do estado) e outro de um homem contaminado em Minas Gerais, que morreu. O Instituto Adolfo Lutz já confirmou nove casos da doença em macacos, sendo sete na região de Ribeirão Preto, um em Pinhalzinho e o outro em Socorro. As ações de vigilância em saúde e vacinação foram intensificadas nessas regiões, além da recomendação de cuidados para quem irá viajar para áreas de mata. A vacina contra a doença está disponível em postos de saúde e deve ser aplicada ao menos 10 dias antes do deslocamento para regiões com casos.
Sesab emite comunicado para serviços de saúde diante do surto de HMPV na China
10 Jan 2025 // 11:57 Por Wilker Porto / Agora Sudoeste
Diante do surto de metapneumovírus humano (HMPV) na China, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em consonância com o Ministério da Saúde, tem acompanhado atentamente o cenário da doença. Como uma das medidas de monitoramento, a Sesab, por meio da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (SUVISA), tem orientado, através do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Bahia (Cievs), a sensibilização e reforço da atuação da Rede de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. Dentre as recomendações está a sensibilização dos profissionais dos Núcleos de Epidemiologia, em colaboração com as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), para identificação e comunicação oportuna do aumento de casos suspeitos de infecções respiratórias. Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não emitiu alerta internacional, porém, a vigilância epidemiológica no Brasil continua atenta ao cenário, com monitoramento constante e estreito contato com as autoridades sanitárias. O metapneumovírus humano (HMPV) é responsável por causar doenças respiratórias, sendo transmitido por gotículas de pessoa para pessoa ou através do contato com superfícies contaminadas. Seus sintomas incluem tosse, febre, congestão nasal, falta de ar e, em casos mais graves, infecções das vias aéreas superiores (IVAS), bronquiolite e pneumonia. O período de incubação do vírus varia de 2 a 5 dias.

O sorotipo 3 da dengue registrou aumento em meio a testes positivos para a doença no Brasil – sobretudo nos estados de São Paulo, de Minas Gerais, do Amapá e do Paraná. A ampliação foi registrada principalmente nas últimas quatro semanas de dezembro. O cenário preocupa autoridades sanitárias brasileiras, já que o vírus não circula de forma predominante no país desde 2008 e, consequentemente, grande parte da população está suscetível. Dados do Ministério da Saúde mostram que, ao longo de todo o ano de 2024, o sorotipo da dengue que circulou de forma predominante no Brasil foi o 1, identificado em 73,4% das amostras que testaram positivo para a doença. “Estamos vendo uma mudança significativa para o sorotipo 3”, destacou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9). “Quero chamar a atenção porque o sorotipo 3 não circula no Brasil desde 2008. Temos 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade. Então, temos muitas pessoas suscetíveis, que não entraram em contato com esse sorotipo e podem ter a doença. Essa é uma variável que nós estamos colocando no nosso COE [Centro de Operações de Emergência] para um monitoramento da circulação desses vírus.”
