Por Antonio Novais Torres
Escreveu Machado de Assis: “(...) Há políticos por vocação, políticos por ambição, políticos por vaidade, políticos por interesse, políticos por desfastio, políticos por não terem nada que fazer. (...) em escolher os bons e úteis dentre tantos. E esse é o meu desejo, essa é a necessidade do país”. “Eleger uma câmara inteligente, generosa, honesta, sinceramente dedicada aos interesses públicos (...) bastaria apenas, prometer obedecer às leis e gastar de acordo com o interesse público e cumprindo essa promessa o povo não fosse iludido em sua boa-fé”. O voto é o instrumento de que dispõe o cidadão para o exercício da cidadania. Dele depende o futuro do País, do Estado e do Município. Daí, a necessidade de escolherem-se pessoas honestas, competentes e inovadoras, que sejam capazes de encontrar as soluções para os problemas. Deve atentar sempre para o passado do candidato e desconfiar daquele que investe fortuna na sua campanha e se dedica a apontar erros, defeitos e atos de corrupção dos adversários, sem apresentar sugestões e corretas soluções.
Por Antonio Novais Torres
Escreveu Machado de Assis: “(...) Há políticos por vocação, políticos por ambição, políticos por vaidade, políticos por interesse, políticos por desfastio, políticos por não terem nada que fazer. (...) em escolher os bons e úteis dentre tantos. E esse é o meu desejo, essa é a necessidade do país”. “Eleger uma câmara inteligente, generosa, honesta, sinceramente dedicada aos interesses públicos (...) bastaria apenas, prometer obedecer às leis e gastar de acordo com o interesse público e cumprindo essa promessa o povo não fosse iludido em sua boa-fé”.
O voto é o instrumento de que dispõe o cidadão para o exercício da cidadania. Dele depende o futuro do País, do Estado e do Município. Daí, a necessidade de escolherem-se pessoas honestas, competentes e inovadoras, que sejam capazes de encontrar as soluções para os problemas. Deve atentar sempre para o passado do candidato e desconfiar daquele que investe fortuna na sua campanha e se dedica a apontar erros, defeitos e atos de corrupção dos adversários, sem apresentar sugestões e corretas soluções.
Quem assim procede, pretende subir na vida locupletando-se no exercício do mandato por meios ilícitos. Não merece a confiança do eleitor. O perfil de personalidades dessa natureza não é incomum, nós conhecemos muitas delas, que por aqui se têm apresentado. É imperioso saber separar-se o joio do trigo.
O voto não deve ser negociado, não é mercadoria de escambo. Dele depende a consciência de quem o exerce, se faz uma boa ou má escolha, pode inclusive significar o preço da liberdade.
Destarte, deve-se estar vigilante para não cair-se no engodo dos demagogos. Há, portanto, a necessidade da participação sobremaneira da imprensa generalizada e dos formadores de opinião na correta e independente informação, orientando para a participação e o envolvimento político do povo, a fim de que não seja omissos. Afinal de contas, já se disse que o voto não tem consciência, tem consequência. Cidadão! Não se venda não se deixe enganar, seja coerente com o que pensa e defende.
Cada pessoa deve escolher, com o seu voto, o candidato de sua confiança, aquele que lhe pareça mais afinado com seus pensamentos e com o que deseja para si e para a comunidade. Deve ter certeza de sua fidelidade ao mandato que lhe foi conferido, pois é comum, muitos, depois de eleitos, defenderem os interesses pessoais e ou do grupo a que pertencem. Iludem e barganham a consciência do eleitor, deturpando e rasgando a procuração que lhe foi outorgada e, cinicamente, brindarem com champanhe seus êxitos de interesses político pessoais.
A cidadania deve ser exercida a cada momento, a cada ação, a cada gesto, através da sociedade organizada e assim a comunidade terá respostas às suas reivindicações, pois é impossível a um cidadão sozinho resolver os problemas da complexidade social. É nessa direção que se deve caminhar para o resgate dos interesses coletivos.
O povo está cansado das promessas eleitoreiras, sem o real interesse pelo popular. É preciso que os candidatos cumpram seus deveres de legítimos representantes do povo, eleitos pelo sufrágio universal com procuração para representá-lo direta ou indiretamente no exercício do mandato, quer seja no Legislativo quer no Executivo. Nesse contexto, deve-se excluir o sentimento de amizade e simpatia, o povo deve exigir propostas coerentes com um plano de governo, simples e possível de ser realizado, que mereça crédito, sem enganação contumaz dos que pretendem se eleger sem o compromisso das promessas.
Transcrevo trecho de um artigo de J. J. Calmon de Passos que diz: “Seu voto é o mesmo que passar uma procuração em cartório para que alguém faça por você o que você não pode fazer pessoalmente. Cidadania é ter consciência disso. Somos cidadãos, portanto, quando não negociamos nem negligenciamos nosso voto. Negociar o voto não é apenas receber dinheiro ou outros bens materiais em troca do voto, mas também votar displicentemente, votar por votar, como se votando não estivesse comprometendo nossa pessoa e nossos bens, também os dos outros e o futuro de todos nós. Quem não vota nem sabe votar não é cidadão. Logo o voto e cidadania são duas coisas inseparáveis”.
Nunca se esqueça disso!