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5G e os games: a evolução das tecnologias mobile e dos jogos em nuvem

5G e os games: a evolução das tecnologias mobile e dos jogos em nuvem
Foto - Pixabay

O 5G foi um dos temas mais falados no ramo da tecnologia em 2022. Para o ano que se inicia, a tendência é que a nova conexão esteja cada vez mais próxima da realidade dos brasileiros. E uma das áreas que será fortemente impactada pelo 5G é a criação de games para celulares; entenda um pouquinho mais sobre as novas mudanças que o futuro breve promete! O que é e como funciona o 5G? O 5G é a ‘5ª Geração’ da conexão móvel à internet, como o próprio nome diz. Dessa maneira é uma evolução da ‘4ª Geração’, o 4G, tecnologia mais recente para a transmissão de dados on-line. Ainda utilizando a radiofrequência das torres para conectar os celulares à rede, o 5G promete muito mais fluidez e velocidade em relação ao seu antecessor. A tecnologia de ondas de radiofrequência do 5G operam na casa dos 3,5Hz. Inclusive, ainda no final de 2021, a Anatel realizou uma série de leilões da frequência para as operadoras no Brasil. O documento prevê um plano de expansão com prazo máximo em 2029 para o funcionamento das torres em 100% das cidades brasileiras com mais de 30 mil habitantes. As principais evoluções do 5G estão nos períodos de latência, tempo de resposta entre o dispositivo móvel e a rede de internet. No 4G, a média do intervalo entre o comando no celular e a volta da informação é de 80 microssegundos. Já no 5G, a expectativa é de que o tempo seja reduzido para algo entre 5 e 20 microssegundos, ou seja, quase 20 vezes mais rápido! Assim, com esse tempo de latência consideravelmente menor, os celulares ganham em capacidade de conexão. Com a tecnologia do 5G, as operadoras móveis podem oferecer planos de velocidade de internet entre 1 e 10GB, aproximando-se do que já se tem na rede cabeada pelo país. O que o 5G muda na indútria dos games?

Para quem usa a internet mais para abrir o feed do Instagram ou para mandar mensagens pelo WhatsApp, o 5G não deve fazer tanta diferença assim à primeira vista. Porém, para os games, é outra história. O desenvolvimento do 5G amplia a possibilidade de produzir jogos que precisam de uma resposta maior da internet para o carregamento dos cenários e das respostas às ações. 

À medida que o 5G vem se tornando mais amplamente disponível, o mesmo acontece com as experiências de jogos para dispositivos móveis. A Statista, empresa alemã especializada em dados da indústria digital, estima que pode haver mais de 2 bilhões de jogadores móveis em todo o mundo até 2027. Até mesmo mercados já consolidados, como o do poker online, vêm se aproveitando destes avanços tecnológicos da indústria mobile para fornecer aplicativos móveis mais completos e abrangentes.

Celular com capacidade de computador 

Para conseguir ‘rodar’ o game com a devida qualidade de imagem e de velocidade nas respostas às ações do player, o jogo pede uma conexão rápida e estável. A estabilidade garante a transmissão interrupta de dados entre dispositivo e rede; enquanto a velocidade permite trocas constantes de informações para a construção dos frames imagéticos.

Com a chegada do 5G, as operadoras terão o suporte para oferecer uma conexão estável e rápida, entregando performance de maneira parecida com a rede cabeada que já abastece o país. Dessa maneira, os fãs de games terão no celulares um importante dispositivo nos próximos anos. 

Quais os desafios para o 5G e para os games?

O plano de expansão do 5G no Brasil começou já no final de 2021, e de acordo com dados de 2022, algumas centenas de cidades já estão preparadas para a tecnologia. Porém, para distribuir de maneira igual a conexão por todo o país, as empresas ainda vão levar quase uma década. E tal processo de implementação não ocorre apenas no Brasil, visto que outros países pelo mundo passarão pelas mesmas dificuldades. 

A indústria de celulares também deve dar um up nos próximos anos. Afinal, boa parte dos smartphones em funcionamento no Brasil não contam com suporte para a tecnologia 5G. Além disso, para aguentarem bons jogos com gráficos realistas, os dispositivos precisarão de mais capacidade de memória e de processamento. Porém, essa evolução não é barata e pode impactar no preço médio dos aparelhos, que já é alto para a maior parte da população. 

Dessa maneira, apesar do cenário amplamente positivo por conta da tecnologia, as empresas precisarão adequar à inovação à realidade do país. E esse será o grande desafio: oferecer o 5G e ajudar a indústria de games a se aproximar do público que consome a rede móvel no Brasil.  


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