Em delação premiada, o empresário Benedito Oliveira Neto, o Bené, investigado na Operação ‘Acrônimo’ da Polícia Federal, declarou que o ex-chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff usou um contrato do Palácio do Planalto em 2015 para quitar dívidas da campanha presidencial de 2010. Segundo informações da Revista Época – que alega ter acesso a parte dos depoimentos de Bené prestados à Polícia Federal em sua delação, que serão usados para a abertura de novos inquérito - Bené disse ainda que, a operação, coordenada no gabinete presidencial, transcorreu entre 2014 e 2015, em meio às investigações da Lava Jato e da própria Acrônimo. Declarou, também, que Giles Azevedo, assessor mais próximo de Dilma, atuou para que o Planalto pagasse dívidas da campanha com a agência de comunicação Pepper, responsável pelo pleito de Dilma em 2010. Bené contou aos investigadores que o governador de Minas confidenciou a ele que a Peppervinha pressionando, desde 2014, para que fossem saldadas as dívidas de campanha. Foi então que Giles Azevedo trouxe uma solução, segundo Bené – e a solução foi pagar com o dinheiro do Planalto. Bené está preso pela PF e é acusado de ser o principal operador de Fernando Pimentel, ex-ministro de Dilma e atual governador de Minas Gerais.
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Foto: Alan Marques | Folhapress