Por Antonio Novais Torres
O mundo mudou. As pessoas também mudaram. Perderam o sentimentalismo. As manifestações de consideração e respeito humano foram suprimidos pela ganância e a volúpia do lucro, sem o compromisso com o social. Será que essa globalização transmudou o significado e as ações das palavras que manifestam o sentido de apreço pelo ser humano? A finalidade é apenas o lucro? Onde está a gratidão e o reconhecimento pelo labor de quem constrói o patrimônio dos que indiferentes se impõem pela visão monetarista de auferir status econômico e liderança comercial ou industrial, passando por cima de tudo e de todos insensivelmente sem nenhum compromisso social com quem serviu de escada para eles galgarem o ápice do prestígio e do poder socioeconômico.
Por Antonio Novais Torres
O mundo mudou. As pessoas também mudaram. Perderam o sentimentalismo. As manifestações de consideração e respeito humano foram suprimidos pela ganância e a volúpia do lucro, sem o compromisso com o social.
Será que essa globalização transmudou o significado e as ações das palavras que manifestam o sentido de apreço pelo ser humano? A finalidade é apenas o lucro?
Onde está a gratidão e o reconhecimento pelo labor de quem constrói o patrimônio dos que indiferentes se impõem pela visão monetarista de auferir status econômico e liderança comercial ou industrial, passando por cima de tudo e de todos insensivelmente sem nenhum compromisso social com quem serviu de escada para eles galgarem o ápice do prestígio e do poder socioeconômico.
Esse preambulo é apenas para relatar um fato verídico de desrespeito e humilhação sofrida por um trabalhador que serviu e se dedicou por anos a fio com disciplina, aplicação e honestidade, vestindo a camisa da empresa sem reclamações cumprindo todas as metas impostas.
Toca o telefone. Atende o gerente de uma agência bancária. É o diretor de Recursos Humanos do departamento pessoal. Sem muitas palavras foi taxativo: − O senhor será transferido para uma agência da capital pernambucana onde deverá se apresentar.
−Dr. Belarmino compreenda que minha esposa trabalha, temos casa própria e os meninos estão estudando, de forma que, prefiro não ser transferido, ainda que seja rebaixado de cargo.
− Essa é a decisão da empresa.
−Seja breve nas sus ponderações.
Diante das ponderações do gerente o diretor dos Recursos humanos foi imperativo: − O senhor está despedido. – Passe a ligação para o subgerente: −Assuma o comando da agência, doravante o senhor é o gerente.
Seu contrato foi rescindido, sem pelo menos receber um muito obrigado ou qualquer referência pelo tempo que trabalhou na empresa.
Lá se foram anos de sua vida dedicada à instituição sem nenhuma consideração e reconhecimento pelo seu trabalho. Esse comportamento frio, desumano, desrespeitoso, iníquo tem sido a tônica de empresas em nome da globalização que escraviza o indivíduo por resultados positivos – o lucro sem nenhum compromisso social.
Esse descarte do ser humano precisa ser revisto. A sociedade tem de construir um mundo harmonioso, solidário em que todos possam usufruir do produto do trabalho e da riqueza que produziu sem a perversidade da ganância e encarar o trabalhador como patrimônio da empresa.