Agora Sudoeste

Número de homicídios de pessoas LGBT pode ser recorde em 2016; Nordeste lidera casos

Número de homicídios de pessoas LGBT pode ser recorde em 2016; Nordeste lidera casos

O número de homicídios de pessoas gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais deve crescer em 2016 e superar as ocorrências dos últimos anos. A tendência é revelada pelo Grupo Gay da Bahia,  que anualmente elabora o Relatório de Assassinatos LGBT no Brasil. Dados preliminares do levantamento apontam que o ano deve ser fechado com o total aproximado de 340 mortes, maior número registrado nos últimos anos. Segundo Luiz Mott, antropólogo fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), o aumento se deve a vários fatores, como a coleta mais sistematizada de informações e a reação conservadora ao maior número de pessoas que vem assumindo sua condição sexual. O estudo mostra que a maior parte das mortes (195) ocorreu em via pública, por tiros (92), facadas (82), asfixia (40) e espancamento (25), entre outras causas violentas. O assassinato de gays lidera a lista com 162 casos, seguido dos travestis (80), transexuais femininas (50) e transexuais masculinas (13). A instituição recebe informações das mortes por outras entidades, por familiares e amigos das vítimas, mas a principal fonte da base de dados são os casos divulgados pela imprensa. O levantamento é reconhecido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. Conforme último relatório, a ONG constatou que uma pessoa LGBT morre a cada 28 horas no Brasil. O estudo mostra, ainda,  que a liderança dos casos nos últimos anos é do Nordeste, mas outras regiões tem despontado com casos graves. 


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