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Artigo: Como lidar com as frustrações profissionais e pessoais

Artigo: Como lidar com as frustrações profissionais e pessoais
Carlos Prates professor e escritor, nascido em Brumado. (Foto: Wilker Porto | Brumado Agora)

Por Carlos Prates

 

No dicionário Aurélio, a palavra frustração significa “ação de frustrar. Na Psicanálise é o estado emocional do indivíduo que, por não ter satisfeito um desejo ou tendência fundamental, se sente recalcado”. Trazendo esse conceito para as ações cotidianas, notamos que a vida é feita de momentos e a nossa percepção, atitude e reação aos sentimentos, podem fazer toda a diferença. Vejamos o seguinte exemplo: Um jovem estudante planeja uma carreira profissional brilhante, de sucesso, reconhecimento pessoal e financeiro. Entretanto, quando inicia a procura do emprego, percebe que o mesmo está muito difícil, tendo em vista que as empresas exigem experiência, elevada escolaridade, idiomas, mestrado e doutorado, para em contrapartida pagar um salário irrisório.

Por Carlos Prates

 

No dicionário Aurélio, a palavra frustração significa “ação de frustrar. Na Psicanálise é o estado emocional do indivíduo que, por não ter satisfeito um desejo ou tendência fundamental, se sente recalcado”.

 

Trazendo esse conceito para as ações cotidianas, notamos que a vida é feita de momentos e a nossa percepção, atitude e reação aos sentimentos, podem fazer toda a diferença. Vejamos o seguinte exemplo:

 

Um jovem estudante planeja uma carreira profissional brilhante, de sucesso, reconhecimento pessoal e financeiro. Entretanto, quando inicia a procura do emprego, percebe que o mesmo está muito difícil, tendo em vista que as empresas exigem experiência, elevada escolaridade, idiomas, mestrado e doutorado, para em contrapartida pagar um salário irrisório.

 

Ter o sentimento de frustração é algo natural. Porém, o que vai mudar a realidade e o tamanho da frustração, será a maneira como esse profissional irá encarar as dificuldades e procurar vencê-las.

 

Há pessoas que são mais resilientes (característica mecânica que define a resistência aos choques de materiais), ou seja, têm a capacidade de suportar mais dores, frustrações e pressões.

 

Eu citei esse exemplo, por ser o que mais os leitores escrevem e reclamam, com toda razão, mencionando as suas dificuldades para ingressarem no mercado de trabalho.

 

O que podemos aprender com as frustrações?

 

Se deixarmos a emoção de lado e olharmos os nossos momentos cotidianos com mais racionalidade, vamos perceber que quase tudo se resume a atividades que não trazem muito prazer. Pegar ônibus, ir ao trabalho; trabalhar oito horas ou mais, pegar o ônibus de volta, chegar em casa, fazer as atividades domésticas; no final do mês, receber o salário e pagar as contas.

 

Basicamente é isso que fazemos na maioria do nosso tempo, quando não estamos dormindo. São atividades que ao longo da vida se tornam banais e entram no “piloto automático” do nosso cérebro.

 

A questão mais importante é saber como cada um de nós irá lidar com as frustrações. Elas não deixarão de existir, pelo contrário, a tendência é aumentar, pois temos o hábito de nos comparar com os bens materiais,  status e a felicidade que achamos que as demais pessoas possuem.

 

Raramente estamos satisfeitos com o que possuímos. Há um ditado popular que ilustra esta situação: “o jardim do vizinho é sempre mais florido”. Outro aspecto que complica mais ainda é que a cada desejo satisfeito, geralmente surge um novo! Lembra  daquele celular, tv, notebook e automóvel comprados a seis meses? Já não servem ou não nos emocionam mais, pois alguém comprou os mais modernos.

 

Gosto muito de uma palavra que a denomino de aprender “natoralmente”, ou seja, na tora, na raça. É claro que a leitura e ouvir os conselhos dos pais e familiares continuam sendo importantes. Porém,  as nossas mudanças internas tendem a ser mais eficazes quando sofremos algum tipo de frustração. Em muitos casos, a dor costuma ensinar mais do que o amor.

 

Somos pessoas complexas e oscilamos os nossos sentimentos com o decorrer dos anos e como os mesmos irão nos afetar positiva ou negativamente. Cada um tem a sua história de vida e as suas expectativas em relação ao que é viver feliz.

 

Não gostaria de dar um conselho, porém, lhe fazer um alerta, principalmente se você é jovem e está começando a vida profissional. Procure ter uma visão mais realista do mercado de trabalho e não crie grandes expectativas e ilusões. Lute e faça com que a cada dia você vá conquistando o seu espaço. Seja tolerante com os momentos de insucesso e tenha persistência e criatividade para traçar novas estratégias.

 

Planeje a sua carreira profissional e coloque a possibilidade de algum dia ser dono do seu próprio negócio. É claro que é muito difícil e nem todas as pessoas têm essa vocação ou desejo para empreender.

 

A tendência do mundo sinaliza para o aumento  do empreendedorismo. É claro que cada carreira profissional é única e depende de uma série de variáveis.

 

Finalizando, procure enxergar o lado positivo das frustrações, pois, como quase tudo na vida, a dinâmica costuma ser a da faca: “um lado alisa e o outro corta”. Tudo tem (ou deveria ter) o lado positivo e negativo.

 

A alegria é valorizada porque temos muitos momentos de tristezas e frustrações. Infelizmente, não podemos criar um mundo somente de momentos lindos e maravilhosos. Necessitamos nos fortalecer para lidar com as derrotas e decepções. A sua capacidade, resiliência e motivação para vencer os obstáculos farão toda a diferença em sua vida.

 

Vá em frente e sucesso!


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