Foto - Wilker Porto / Agora Sudoeste
O médico e ex-prefeito de Brumado, Geraldo Azevedo, encaminhou uma carta a redação do Agora Sudoeste após publicação da matéria em que o prefeito Eduardo Vasconcelos impetrou ação na justiça para pedir explicações ao ex-prefeito Geraldo Azevedo sobre declarações durante audiência da Embasa. Confira: "Há dois meses ocorreu uma Audiência Publica em Brumado na qual se debateu pontos importantes sobre a distribuição de água e saneamento básico em nosso munícipio. Um tema que, como médico pediatra que sou há mais de 40 anos, me é bastante caro. A audiência pública, como sabemos, é o espaço adequado para se debater questões de grande relevância social, onde se exerce a plena democracia, não buscando necessariamente o consenso, mas sim a ampla discussão. Foi neste ambiente democrático que, como cidadão brumadense, interpelei o Prefeito municipal, em busca de esclarecimentos sobre a sua nefasta proposta de privatizar os serviços de abastecimento de água no município, na contra mão dos países desenvolvidos. Mas o prefeito não compareceu e, pior ainda, tentou impedir a realização da Audiência Pública, causando-me perplexidade e me fazendo refletir se ainda o Alto Sertão da Bahia não se livrou de todos os seus coronéis".
"Ao bem da verdade, devo ressaltar que o gestor municipal se fez representar pelo vereador líder da bancada do governo e por um membro da sua equipe de governo, todavia nenhum dos dois prestou quaisquer esclarecimentos aos presentes à referida audiência pública.
Como se não bastasse, o Prefeito Municipal de Brumado, que ainda não me esclareceu, quer que eu, o cidadão que o interpelou no momento propício para tanto, o esclareça perante a justiça, numa tentativa clara de intimidação, de inversãodo ônus da prova, de inversãodos valores democráticos, como se o contribuinte, o cidadão que paga os seus impostos, é quem tem o dever de prestar esclarecimentos aos ocupantes de cargos públicos.
Por fim, deixo claro ao querido povo brumadense que prestarei os devidos esclarecimentos à Autoridade Judiciária, não só pelo respeito que tenho às instituições democráticas, mas sobre tudo para que nenhum cidadão se sinta intimidado ou se curve diante daqueles que se utilizam do Poder que o povo lhe outorgou para cercear a liberdade de expressão do próprio povo".