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SAÚDE: FALTA DE EXERCÍCIOS MATA 5,3 MILHÕES

SAÚDE: FALTA DE EXERCÍCIOS MATA 5,3 MILHÕES
Só metade dos brasileiros pratica exercício físico. (Foto: Genival Moura | Brumado Agora)

Considerado a doença do milênio, o sedentarismo se tornou o segundo maior fator de risco cardiovascular, sendo responsávelpor mais de 5,3 milhões de mortes no mundo. Segundo o cardiologista e diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Alberto Machado, a caminhada é uma forma de alertar para os perigos do sedentarismo que é um comportamento induzido por hábitos decorrentes dos confortos da vida moderna. Hoje em dia, o ser humano adota cada vez mais a lei do menor esforço, reduzindo assim o consumo energético de seu corpo. O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva. Do ponto de vista da Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais.  Por Naira Sodré (Tribuna).

Considerado a doença do milênio, o sedentarismo se tornou o segundo maior fator de risco cardiovascular, sendo responsávelpor mais de 5,3 milhões de mortes no mundo.

 

Segundo o cardiologista e diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC,Carlos Alberto Machado, a caminhada é uma forma de alertar para os perigos do sedentarismo que é um comportamento induzido por hábitos decorrentes dos confortos da vida moderna. Hoje em dia, o ser humano adota cada vez mais a lei do menor esforço, reduzindo assim o consumo energético de seu corpo.

 

O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva. Do ponto de vista da Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais.

 

O especialista conta que até recentemente o segundo fator de risco para infartos e derrames era o tabagismo. “Mas com a recente redução do número de fumantes, que caiu significativamente no Brasil e no mundo, o sedentarismo passou ao segundo lugar, com a agravante que o sedentário tende a se tornar tanto obeso como hipertenso e diabético”, lembra.

 

A proposta da Organização Mundial da Saúde, que pediu o envolvimento mundial contra o sedentarismo é que se faça 30 minutos de atividade física em pelo menos cinco dias por semana, o que comprovadamente reduz o risco de problemas cardíacos em 66%. Se o objetivo for perder peso, porém, o nível da atividade deve dobrar, passando a uma hora por dia.

 

Machado também diz que segundo pesquisa da SBC, metade dosbrasileiros não pratica atividade física. Os resultados negativos são comprovados por recente levantamento do IBGE, segundo o qual 50,1% dos brasileiros e 48% das mulheres do País estão acima do peso e já são considerados obesos 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres adultas. A recomendação é uma dieta equilibrada com frutas, verduras e legumes, além do exercício, para evitar hipertensão, diabetes e a elevação do colesterol.

 

O que preocupa os cardiologistas é que justamente os idosos, faixa etária mais propensa a problemas cardiovasculares, são os mais sedentários. 57% não se exercitam, enquanto entre os jovens o sedentarismo ocorre em menor percentagem, só 39% da faixa entre 18 e 24 anos pode ser considerada sedentária.

 

O que intriga os médicos é que as campanhas contra o sedentarismo têm sido bem compreendidas pela população, pois 86% dos entrevistados afirmam ter conhecimento de que o sedentarismo é perigoso, mas mesmo assim alegam falta de tempo ou de disciplina para iniciarem um programa de exercícios. Já o tipo de atividade preferido por quem se exercita é caminhada, 28%, seguida por futebol, 13%, e musculação, 6%, pouco mais do que o ciclismo, praticado por 4% dos entrevistados.

 

Sistemas funcionais e doenças comuns


A vida sedentária provoca literalmente o desuso dos sistemas funcionais. O aparelho locomotor e os demais órgãos e sistemas solicitados durante as diferentes formas de atividade física entram em um processo de regressão funcional, caracterizando, no caso dos músculos esqueléticos, um fenômeno associado à atrofia das fibras musculares, à perda da flexibilidade articular, além do comprometimento funcional de vários órgãos. A atividade física determina a saúde do indivíduo claramente. O sedentarismo, pelo contrário, deriva facilmente em doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade.

 

O sedentarismo é a principal causa do aumento da incidência de várias doenças. Hipertensão arterial, diabetes, obesidade, ansiedade, aumento do colesterol, infarto do miocárdio são alguns dos exemplos das doenças às quais o indivíduo sedentário se expõe. É considerado também o principal fator de risco para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças.

 

Para atingir o mínimo de atividade física semanal, existem várias propostas que podem ser adotadas de acordo com as possibilidades ou conveniências de cada um: Praticar atividades esportivas como andar, correr, pedalar, nadar, fazer ginástica, exercícios com pesos ou jogar bola é uma proposta válida para evitar o sedentarismo e importante para melhorar a qualidade de vida.

 

Recomenda-se a realização de exercícios físicos de intensidade moderada durante 40 a 60 minutos de 3 a 5 vezes por semana; Exercer as atividades físicas necessárias à vida cotidiana de maneira consciente. Por Naira Sodré (Tribuna).


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