Agora Sudoeste

BIOGRAFIA: FIRMINO JOSÉ FERREIRA 'ANTÔNIO TORRES'

BIOGRAFIA: FIRMINO JOSÉ FERREIRA 'ANTÔNIO TORRES'
Antônio Novais Torres (Foto: Wilker Porto | Brumado Agora)

Por Antônio Novais Torres

 

Firmino José Ferreira nasceu em 06/07/1926, em Vitória da Conquista e era o segundo da prole dos dezesseis filhos de Laurenço José Ferreira e Antônia Marcelina de Jesus. Casou-se com Dona Naéde Santos Costa (nome de solteira) na Igreja Matriz de Brumado, cerimônia celebrada pelo padre Antônio Fagundes em 20/03/1956. Em 19/06/1963, ela passou a assinar Naéde Santos Ferreira, quando se casou no civil, em regime de comunhão de bens, perante a Juíza de Direito da Comarca de Brumado, Dr.ª Magna Maria Pereira Santos. Dessa união, nasceram os filhos: Carlos Roberto Santos Ferreira (Beto) de 03/04/1958, formado em Contabilidade; Carlos Alberto Santos Ferreira (China) nasceu em 23/10/1960, formado em Administração de Empresas e exerce também a profissão de músico; Jocilane Santos Ferreira do Livramento (Joci), nascida em 17/10/1966, é formada em Magistério, estudante do curso de Letras Vernáculas e professora na rede pública estadual.

Por Antônio Novais Torres

 

Firmino José Ferreira nasceu em 06/07/1926, em Vitória da Conquista e era o segundo da prole dos dezesseis filhos de Laurenço José Ferreira e Antônia Marcelina de Jesus.

 

Casou-se com Dona Naéde Santos Costa (nome de solteira) na Igreja Matriz de Brumado, cerimônia celebrada pelo padre Antônio Fagundes em 20/03/1956. Em 19/06/1963, ela passou a assinar Naéde Santos Ferreira, quando se casou no civil, em regime de comunhão de bens, perante a Juíza de Direito da Comarca de Brumado, Dr.ª Magna Maria Pereira Santos.

 

Dessa união, nasceram os filhos: Carlos Roberto Santos Ferreira (Beto) de 03/04/1958, formado em Contabilidade; Carlos Alberto Santos Ferreira (China) nasceu em 23/10/1960, formado em Administração de Empresas e exerce também a profissão de músico; Jocilane Santos Ferreira do Livramento (Joci), nascida em 17/10/1966, é formada em Magistério, estudante do curso de Letras Vernáculas e professora na rede pública estadual.

 

Firmino possuía apenas o ensino fundamental incompleto. Diligente, exerceu diversas atividades, sendo uma delas, a de pedreiro. Vangloriava-se em assentar 1.500 tijolos por dia e necessitar de dois ajudantes para abastecê-lo de massa para a execução dos serviços. Posteriormente, passou a ser mascate ambulante, deslocando-se de cidade em cidade para vender uma variedade de miudezas nas feiras locais. Por último, passou a vender tecidos e confecções e contou com a ajuda da esposa para o êxito dos negócios. “Era uma vida difícil, mas vencemos com determinação” – lembra Dona Naéde.

 

Com o tempo, amealhou economias e comprou, da família Meira, as mercadorias da loja de tecidos e confecções e alugou o ponto na Praça Armindo dos Santos Azevedo, onde instalou a Loja Bom Jesus, nome em homenagem ao padroeiro de sua fé.

 

Politicamente, Firmino não exerceu nenhum cargo nessa seara, contudo era grande amigo de “Quinquinha”, batizado Joaquim Gomes Pereira e do filho deste, Juracy Pires Gomes (ex-prefeito), dos quais era seguidor fiel. Tinha admiração venerável por ACM (Antônio Carlos Magalhães).  

 

Conheci Firmino José Ferreira por intermédio de meu compadre Amadeu Gama (o Bahia, como é conhecido na Pauliceia, por paulistas e conterrâneos). Tratava-se de uma pessoa extraordinária. Foi bom esposo e dedicado pai de família. Era solidário com amigos e familiares que o tinham como patriarca e conselheiro. Respeitoso e respeitado, manteve a unidade da família sob os seus preceitos de religiosidade e de moralidade, predicados dos quais não abria mão.

 

Firmino tinha uma invejável saúde e disposição física e, às vezes, abusava dessa condição. Exibia-se numa demonstração de seus atributos físicos, alçando, com a mandíbula, uma cadeira de madeira pesada por sobre a cabeça, alegando que tinha uma dentadura cujos dentes, segundo a sua intuição, eram de marfim, num desafio e demonstração de força.

 

Digno, sério e trabalhador, tinha como meta e princípios honrar os seus compromissos e dizia: “Uma vez a palavra empenhada, tem efeito de lei, não a descumpro, mesmo que tenha de arcar com prejuízos” – sou testemunho dessa afirmação.

 

Perfeccionista, religioso e místico, era devoto de Bom Jesus e, desde que O adotou como seu protetor, nunca perdeu uma romaria à gruta, na cidade de Bom Jesus da Lapa, para reverenciá-Lo. Mesmo enfermo, fez o sacrifício de prestar homenagem à divindade, cuja imagem mantinha em seu peji, onde, contrito, adorava-O e fazia as suas orações, num sincretismo religioso que o caracterizava.

 

Firmino lutou brava e ferozmente contra a doença. Sua vontade de viver era imensa. Encontrou, no seio da família, a compreensão, o apoio e os meios necessários para se curar, infelizmente, sucumbiu ao mal que o afligia. Numa visita que lhe fiz, disse-me fervorosamente que iria a Salvador procurar um bom médico para tratar-se, pois a fé depositada em Bom Jesus dava-lhe a certeza de que ficaria curado. Porém, a enfermidade suplantou-o, foi mais forte que a sua vontade de viver. Em 25/08/1993, faleceu em Salvador, aonde fora em busca de tratamento. O seu corpo foi trasladado para Brumado, onde foi enterrado no dia seguinte, no cemitério Senhor do Bonfim.

 

Construí uma sólida e sincera amizade com Firmino, fato de que muito me orgulho. Fui seu amigo e admirador de suas virtudes de cidadão exemplar. Admirava-o pelo seu caráter e firmeza de propósitos. Era um amigo leal, prestativo, em qualquer hora e em quaisquer circunstâncias. Neste ensejo, apresento aos seus familiares as minhas condolências, o meu abraço fraterno acompanhado do sentimento de dor pela perda do amigo sincero e leal a quem reverencio saudosamente.

 

FIRMINO JOSÉ FERREIRA

*06/07/1926
†25/08/1993


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