Por Antônio Torres
Um administrador público municipal mantinha um programa radiofônico que levava à população tomar conhecimentos das suas realizações à frente da prefeitura. Orientava o povo com relação ao comportamento de consciência e civilização de determinadas situações, entre elas, que os passeios eram a prioridade do pedestre, solicitando se adequarem a esse procedimento eliminando rampas e obstruções dos mesmos, proporcionando livre acesso aos usuários. Ocorre que não houve um decreto para essa finalidade e por conseguinte o povo fez ouvido mouco, não obedecendo a solicitação do alcaide. E continua tudo no mesmo, como dantes, no quartel de Abrantes. O proprietário de um imóvel, no centro da cidade, numa rua de muito movimento, construiu uma rampa na calçada objetivando as suas necessidades sem se importar com os transeuntes. Dessa forma o pedestre é obrigado a se deslocar para a rua, correndo o risco de ser atropelado por um veículo, pois a rampa é muito íngreme, causando dificuldades para o caminhante utilizá-la, e se o fizer, pode se desequilibrar e cair sofrendo consequências, principalmente pessoas idosas de poucos reflexos. Um comerciante vizinho, contou-me que, entre outros, um senhor de idade se locomoveu pela rampa, para não se deslocar para a rua de grande movimento de automóvel, desequilibrou-se, caiu e quebrou um braço. Ocorre que ninguém se responsabilizou pelo acidente nem o proprietário do imóvel nem o poder público, enfim, não se sabe quem é o responsável pela irregularidade. Existe um Código de Postura do Município que, provavelmente, não é acionado, para que esses acontecimentos sejam evitados. O comerciante, talvez por gozação, disse que o ancião veio depois com o neto para mostrar o lugar da queda que lhe provocou a ocorrência, fazendo o mesmo percurso. Escorregou e quebrou o outro braço. Verdade ou não, há de se tomar uma posição firme para que abusos dessa natureza sejam sanados.