Artigo: O difícil relacionamento entre o chefe e os seus funcionários

Artigo: O difícil relacionamento entre o chefe e os seus funcionários
Carlos Prates é brumadense, professor e escritor. (Foto: Wilker Porto | Brumado Agora)

Por Carlos Prates



 

Há 25 anos eu me relaciono em sala de aula e fora dela com dezenas de profissionais de todos os níveis sociais e culturais. Independentemente dos cargos e funções que exercem, percebo que as visões são conflituosas e ao mesmo tempo, distorcidas em muitos casos. Alguns chefes costumam afirmar que grande parte dos funcionários não possui compromisso com o trabalho e é incompetente. Já os subordinados acreditam que o chefe e o patrão são os culpados de quase tudo que ocorre de ruim na empresa. Essa situação tende a permanecer e até mesmo agravar-se, em virtude da grande pressão que está presente no ambiente de trabalho, com metas sempre crescentes e a acirrada competitividade entre as organizações.

Por Carlos Prates

 

Há 25 anos eu me relaciono em sala de aula e fora dela com dezenas de profissionais de todos os níveis sociais e culturais. Independentemente dos cargos e funções que exercem, percebo que as visões são conflituosas e ao mesmo tempo, distorcidas em muitos casos.

 

Alguns chefes costumam afirmar que grande parte dos funcionários não possui compromisso com o trabalho e é incompetente. Já os subordinados acreditam que o chefe e o patrão são os culpados de quase tudo que ocorre de ruim na empresa.

 

Essa situação tende a permanecer e até mesmo agravar-se, em virtude da grande pressão que está presente no ambiente de trabalho, com metas sempre crescentes e a acirrada competitividade entre as organizações.

 

Com raras exceções, a gerência média está despreparada para fazer a gestão de pessoas. Vou analisar o caso do varejo, pois é o que disponho de mais vivência:

 

Um excelente vendedor é alçado à condição de gerente de uma loja. A partir daí, ele imagina que a sua função continuará sendo a de continuar no salão de vendas e realizar parte das funções do seu cargo anterior. Muita execução e pouca gestão de pessoas e planejamento. Ocorro que a principal atividade de um gerente é gerir os seus funcionários, fazendo com que desenvolvam e aprimorem as habilidades e competências. É claro que o foco principal continuará sendo o aumento das vendas. Mas, somente a Equipe será capaz de concretizar as metas. Ele é o principal responsável pelo desenvolvimento da mesma.

 

Em muitos casos a empresa perde um excelente vendedor e nem sempre consegue obter um gestor de qualidade.

 

Por outro lado, muitos funcionários realmente desejam apenas um “emprego” para curtirem o final de semana, nada mais do que isso. Possuem pouca ou nenhuma ambição de crescimento profissional, não investem na carreira, mesmo quando há cursos gratuitos ou patrocinados pela empresa. Essa é uma situação muito comum em vários segmentos empresariais, notadamente no varejo.

 

É claro que não devemos generalizar, entretanto, é necessário que o chefe e os seus funcionários sejam capazes de fazer uma reflexão sobre os seus acertos e erros. Não adianta mentir para si mesmo.

 

No ambiente de trabalho passamos mais de um 1/3 do nosso tempo, durante 35 a 40 dos nossos melhores anos de vida. Fazer com que as relações interpessoais sejam agradáveis e que todos possam crescer, pessoal e profissionalmente, é a função primordial dos gestores, bem como dos demais funcionários.

 

Creio que o diálogo é o início de todo o processo de melhoria das relações no ambiente de trabalho. Os gerentes necessitam executar menos as funções que podem ser delegas e focar mais naquelas de maior complexidade e que somente eles podem realizar com maestria, a exemplo do processo de aprendizagem contínuo e dos estímulos aos seus colaboradores.


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