Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado e ex-presidente da Câmara, preso na Operação Lava Jato, será transferido para uma penitenciária comum. Cunha está detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba há quase dois meses e a ordem é do juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. Agora, ele deve se juntar ao ex-ministro José Dirceu, ao ex-deputado André Vargas, ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros presos da Lava Jato que estão no Complexo Médico Penal, em Pinhais (região metropolitana de Curitiba). A transferência foi solicitada pela própria PF, que afirmou haver falta de espaço e, por causa da alta lotação, um "risco iminente à segurança". Na decisão, Moro afirmou que "o espaço físico da carceragem da Polícia Federal é limitado e destina-se precipuamente a ser local de passagem, e não de cumprimento de penas ou mesmo recolhimento em prisão cautelar". Cunha deve ser encaminhado ao CMP na próxima segunda-feira (19). O Complexo Médico Penal tem uma ala destinada aos presos da Lava Jato. Com celas mais espaçosas e a possibilidade de trabalho e estudo, o local costuma ser preferido pelos investigados na operação. É lá também que costumam ficar os investigados que não negociam delação nem são delatores.