ARTIGO: EDUCAÇÃO E INTELIGÊNCIA 'ANTÔNIO TORRES'

ARTIGO: EDUCAÇÃO E INTELIGÊNCIA 'ANTÔNIO TORRES'
Foto: getty images

Por Antônio Novais Torres



A educação é um comportamento social que não se aprende na escola. É uma atitude de polidez, de cortesia e bons costumes oriundos da paternidade, que se refletem na sociedade. É um bem de raiz e se diz, com relação ao educado, que a educação vem de berço e é complementada com a instrução. A instrução baseia-se na capacidade e no conhecimento adquirido pelo desenvolvimento intelectual recebido na escola, através da leitura e dos livros. O saber da intelectualidade passa, necessariamente, pela escola, pela universidade e pela consequente formação profissional. Daí se dizer que muita gente formada são pessoas grossas, deseducadas, descorteses e arrogantes, têm instrução, mas não é têm educação.

Por Antônio Novais Torres


A educação é um comportamento social que não se aprende na escola. É uma atitude de polidez, de cortesia e bons costumes oriundos da paternidade, que se refletem na sociedade. É um bem de raiz e se diz, com relação ao educado, que a educação vem de berço e é complementada com a instrução.


A instrução baseia-se na capacidade e no conhecimento adquirido pelo desenvolvimento intelectual recebido na escola, através da leitura e dos livros. O saber da intelectualidade passa, necessariamente, pela escola, pela universidade e pela consequente formação profissional. Daí se dizer que muita gente formada são pessoas grossas, deseducadas, descorteses e arrogantes, têm instrução, mas não é têm educação.


Na infância, minha mãe, professora leiga muito dedicada e competente, ainda que recebesse salário vil (o descaso não é de hoje), nem por isso foi omissa. Ensinava-nos que criança deve respeitar e obedecer aos mais velhos, não se intrometer em conversa de adultos nem interpelá-los, pedir licença ao transitar entre pessoas que conversam, cumprimentar a todos, ser leal aos amigos e colegas, nos transportes, dar o lugar de assento para as pessoas idosas e mulheres grávidas. Tudo isso parece cafonice que a modernidade pratica nos dias de hoje, infelizmente, por falta de educação de berço, ou alegam que os direitos são iguais. Esse procedimento, porém, não convence.


A título de exemplo, vou contar um fato que tem a ver com educação. Uma professora que assistia a uma exposição de motivos para a venda de material didático, num gesto deselegante, retirou-se do ambiente aos gritos, alegando que o valor do material apresentado para venda era superior ao seu salário, que não contasse com a sua anuência. Atitude que não condiz com a sua formação.


Ao reclamar do salário, o professor, aliás, toda a classe – pois está com o estipêndio abaixo do valor ideal, portanto desvalorizando o professor – deve lutar para reverter essa situação de desprestígio e cobrar do governo maior atenção a quem produz inteligências.


Nenhum professor apresentou-se como candidato nas eleições da época, em Brumado. Onde está a participação política da categoria? Se querem mudar algo, que se apresentem, não se omitam, participem. Martin Luther King disse que ele tinha um sonho, e Lenine disse que não é proibido sonhar, mas para se tornar realidade esse sonho é preciso lutar. Todos aqueles que lutam com amor, com decisão e persistência como dever de honra serão reconhecidos até mesmo após a morte.


Não fazer nada, alegando que tudo está perdido, que a luta de classe é dar murro em ponta de faca não convence, pois esse é um refrão dos acomodados e dos omissos. A luta pelo ideal deve ser um compromisso de todos para ser vitoriosa. “Antes tarde do que nunca”.


O educador tem o dever, como formador de opinião, de lutar para reverter esse quadro de descaso vergonhoso para com a categoria, elegendo políticos que estejam comprometidos com o setor educacional, porque a educação é a salvação do país. “A esperança é a última que morre”.


Chega de analfabetismo, chega de falta de moradia, chega de falta de cuidados com a saúde, chega de indiferença e de vergonha na cara de políticos corruptos. O povo não tem mais em quem acreditar. O descrédito chegou a tal ponto que parece ter-se acostumado com a falta e a leniência da justiça, do comprometimento da sua moralidade, da sua honorabilidade face à corrupção perpetrada por membros corruptos do poder que se aproveitam do cargo para praticar a ilicitude, malversando o dinheiro público conforme tem noticiado a mídia nacional.


O caminho para a valorização do professor são, sem dúvidas, salários condignos, boas condições de trabalho e melhores oportunidades tecnológicas ao seu alcance. É por esse rumo que se vislumbra um porvir de trabalho estribado no bem-estar da classe. Ressalte-se que essa condição só surtirá efeito se souberem escolher governantes comprometidos com o setor educacional. Fiquem Alerta! 


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